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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Não há por onde


A mesma gota de orvalho que se faz diamante raro na manhã da rosa,
é gota lamacenta desperdiçada ao chão pisado em trovas.

A gentileza emprestada e a paciência exercitada,
bem como a espera de uma chegada,
traduz e seduz como quem não quer nada,
um cego cantante deposto na estrada.

De longe o ouvir do jorrar da fonte,
o choro cantado do sol no horizonte,
desnuda aspereza,
inflama a beleza,
revela a pureza,
toalha na mesa.

Rufar de tambor,
revela o clamor,
de todas as coisas que de natureza são belas,
sorriso de filho,
olhar na janela,
se bem expressado por compositor,
não há por onde se não pelo Amor.


Rafael Chaaban.

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